Com a queda das temperaturas durante o inverno, a atenção para a incidência de algumas doenças deve ser redobrada. Além das gripes, alergias e resfriados, que são mais comuns na estação, as patologias cardiovasculares também se tornam frequentes.
Segundo informações do INC (Instituto Nacional de Cardiologia), o inverno costuma aumentar em 30% o risco de infarto. O cardiologista e médico cooperado da Unimed Vale do Aço, Dr. Norberto de Sá, destaca que as baixas temperaturas contribuem para a vasoconstrição. “Os vasos ficam mais contraídos, o que resulta em um aumento dos níveis pressóricos. A pessoa que já é hipertensa tende a ter esses níveis mais altos e a pessoa que não é hipertensa ou que é e não faz controle, pode desenvolver uma crise ou emergência hipertensiva. Há também os casos dos pacientes que fazem exercícios físicos sem controle, não usam medicamentos ou se expõe ao frio, aumentando a probabilidade de serem acometidos por essas doenças”, explicou.
Pós covid
Mesmo em pacientes sem comorbidades prévias, a covid-19 pode levar a alterações cardiovasculares e pulmonares graves. O médico cooperado apontou que esses pacientes devem redobrar os cuidados.
“O pós covid originou um novo grupo de pacientes. Tanto os que tiveram a forma grave quanto a forma mais leve da doença tendem a ter uma reserva pulmonar menor que o normal. Ainda não sabemos o que ocorrerá no futuro, se essas pessoas vão recuperar 100% do pulmão, mas elas precisam ter um cuidado maior porque oxigenam menos e com isso o sangue carrega menos oxigênio para as células e o infarto nada mais é que uma interrupção desse fluxo no músculo cardíaco. Se o paciente oxigena menos e faz alguma atividade no inverno, ou esforço físico e se expõe ao frio, ele também aumenta as chances de ter infarto e outras complicações cardiovasculares”, esclareceu.
Prevenção
Para o médico cooperado, há algumas condutas que se adotadas, evitam o acometimento de doenças cardiovasculares durante o inverno. “É primordial que o paciente faça o controle, principalmente aqueles que já tem o histórico de patologias cardíacas. Usar os medicamentos de forma regular, ir ao médico periodicamente e a não interromper as medicações por achar que a pressão melhorou são algumas ações essenciais”, destacou.
Dr Norberto de Sá ainda reforçou a importância dos cuidados ao se exercitar. “Se for fazer atividades físicas em horários mais frios, se agasalhar é fundamental. Moramos em uma região muito quente e as pessoas não tem o hábito de usar roupas de frio, as vezes até por vergonha, mas não tenham receio de se proteger. Transpirar muito ou ficar muito quente não é um problema, até porque o calor reduz as doenças cardiovasculares pela vasodilatação. Além disso, diante de qualquer sintoma cardiovascular diferente, seja dor no peito, palpitação, cansaço, a pessoa deve procurar o hospital”, pontuou.
O médico cooperado ainda evidenciou a qualidade e estrutura do Hospital Metropolitano Unimed para atender pacientes mesmo durante a pandemia. “Quando necessário, é preciso que o paciente se dirija ao hospital e perca o medo da contaminação, já que as unidades de saúde estão preparadas para pessoas acometidas por todo tipo de patologias. Um exemplo claro é o HMU, em que temos o pronto atendimento para emergência respiratória, em que o paciente é atendido, triado, e descartada ou não a covid-19, e outra para as demais emergências, incluindo as cardiovasculares, em que é feito um eletrocardiograma ou a dosagem de enzimas. Tudo de forma rápida e com qualidade, sem que o paciente corra o risco de contrair a covid a partir desses atendimentos”, afirmou.