Ipatinga já é uma cidade conhecida em Minas Gerais pela multiplicidade e importância de seus bens tombados ao patrimônio histórico e cultural. Atualmente, eles são em número de 14, nas mais diversas regiões do município. Mas um assunto pouco abordado e igualmente relevante no contexto dos valores e atrativos locais é como funciona o processo de bens inventariados.
A Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Semcel) e o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico de Ipatinga (Comphai) explicam que, para um bem ser inventariado, o principal requisito é que possua algum significado especial para o município.
“Existe um plano de inventariação dentro do Plano Municipal de Cultura, que escolhe anualmente, após minuciosa pesquisa histórica quanto ao seu valor e importância, os bens a serem inventariados, que é o primeiro passo para um futuro ‘registro’ ou ‘tombamento’”, detalha o secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Ipatinga, Alessandro Máximo.
O supervisor de Patrimônio e Incentivo Cultural da Prefeitura de Ipatinga e também presidente do Comphai, Thiago Vaz, acrescenta: “O processo de inventário começa com o encaminhamento da proposta a uma reunião do Comphai, sendo o objeto ou equipamento em questão analisado pelos membros do Conselho. A partir daí é feito um estudo sobre a necessidade de conservação e manutenção deste bem, para então ser desenvolvida a inventariação”, destacou.
Para este ano de 2021, a área geográfica escolhida entre as nove regionais do município é a AI5, que compreende a zona rural, integrada pelo distrito de Barra Alegre, Chácaras Madalena, Chácaras Oliveira e Taúbas. Nos limites destas localidades, foram escolhidos cinco bens para serem inventariados: ORYAI – Jogos e Brincadeiras Indígenas; Lousa de Estudo em Ardósia e Madeira; Documentário Filhos do Tempo; Missal Romano em Latim, e Igreja da Comunidade de São Sebastião, todos localizados no Taúbas.
Como nos dois anos anteriores, as atividades de execução do inventário de proteção do Acervo Cultural de Ipatinga foram realizadas em 2021 pela Seção de Patrimônio e Incentivo Cultural, sob a gestão de Thiago Vaz, cabendo a elaboração à empresa Espaço Design Arquitetura e Gestão Cultural, da arquiteta urbanista Joana Angélica.