“De zero a cem, pra não esquecer de ninguém”
Fotos – Do primeiro aulão no Parque, onde aparecem duas pessoas, imagem de Eduardo Galetto (Cidade Nuvem)
Foto com mais pessoas é de Teuller Morais
IPATINGA – o Grupo de Teatro Farroupilha promove um Aulão de Circo, no próximo sábado (9), a partir das 13h, no Galpão do Parque Ipanema.
O evento, aberto ao público e gratuito, antecipa o Dia do Palhaço, comemorado no próximo domingo.
Acrobacias aéreas e de solo, malabares e palhaçaria constam no programa elaborado para todas as pessoas interessadas em atividades circenses.
A arte-educadora e atriz, Claudiane Dias, observa que o circo é capaz de transformar momentos comuns em extraordinários, por seu poder de unir pessoas e por seu papel crucial como figura de crítica social. “Nessa dimensão, podemos considerar os risos que questionam a sociedade. Como se equilibram as mulheres que tendem a ficar à margem dos espetáculos? Nossa resposta a reflexões como essa é a nossa resiliência em nos mantermos em cena e promover a arte circense de forma inclusiva como precisa ser sua natureza. O circo, que acolhe pessoas de diferentes habilidades e origens, precisa se ocupar mais de fortalecer o ambiente diversificado, com lições de respeito e aceitação da diversidade na plateia, na arena, nos espaços alternativos”.
O Aulão de Circo faz parte do Projeto Valores, Arte, Consciência e Cidadania, uma realização do Grupo Farroupilha, patrocinado com recursos de emenda parlamentar impositiva.
ENCONTRO DE PALHAÇO
Após o Aulão de Circo, será promovido um Encontro de Palhaços e Palhaças do Vale do Aço, “que reunirá veteranos e estreantes da arte de fazer sorrir, gargalhar, pensar, de desenvolver a expressão pessoal do que não é só um personagem e sim revela a personalidade de quem experimenta a máscara vermelha no nariz, é a tradução de quem está por trás da maquiagem”, sublinha Claudiane.
Ela ressalta que “a arte circense é um lugar mágico, que nos remete a vivências e sensações incríveis, nos fazendo viajar na beleza das cores, ritmos, na alegria dos palhaços, nas ilusões de mágicos, no equilíbrio dos malabaristas e nas aventuras dos acrobatas. Além de ser uma das principais fontes da nossa cultura e bem artístico”, define.
Ao mesmo tempo, em que encanta multidões, a atriz faz referência ao circo como um espaço de desenvolvimento pessoal, superação de desafios, equilíbrio, disciplina, coordenação motora e convívio coletivo e colaborativo. “Seja artista solo, circense tradicional, de grupo de teatro, nascido em escolas e grupos de formação ou os que se arriscam a ser brincante e estar no papel de transgressor das ordens e protocolos, de desviar os incômodos de forma leve, com deboche, formas caricatas que ilustram exageradamente e muito bem cotidianos que seriam trágicos se não fossem cômicos”.
Por fim, a arte-educadora e atriz reforça o convite para o Aulão afirmando que, no sábado, tem espetáculo, sim, senhor; sim, senhora. Na sequência, ela arremata o apelo com o jargão “de zero a cem pra não esquecer de ninguém”.
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