Estado lidera crescimento em 4 das 3 frentes que medem desempenho do setor
O turismo de Minas Gerais registra crescimento há dois anos contínuos conforme dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo IBGE em junho e analisada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG.
No fechamento do primeiro semestre deste ano, o setor no estado marcou 19,1% de crescimento, o que representa 11 pontos percentuais sobre o verificado em âmbito nacional no período.
É interessante observar que o peso da atividade turística em Minas Gerais no primeiro semestre foi o maior entre 12 estados onde o turismo se destaca no Brasil e que por isso são avaliados pelo IBGE.
O peso da atividade turística mineira foi de 9,16 nos seis primeiros meses de 2023 e superou a pontuação de estados como Bahia (peso 8,96) e Rio de Janeiro (peso 8,74), unidades da Federação conhecidas pelo dinamismo do turismo local.
A análise da Fecomércio MG sobre a PMT/IBGE também aponta um conjunto de fatores bastante favorável ao turismo estadual em comparação com os demais 11 estados avaliados.
O bom desempenho é verificado em três das quatro posições investigadas na pesquisa. Na variação anual com 16,6% de crescimento; no acumulado do ano com 19,1% e no acumulado de 12 meses com 25,8%, o turismo de Minas Gerais está à frente de todos os estados analisados.
Apenas no desempenho de junho, que fecha o semestre e que reflete a sazonalidade das festas típicas regionais, a variação positiva foi de 0,5%, mesmo assim só superada pelo Distrito Federal (4,9%) e Pernambuco (4,3%).
Depois de pontuar 55,4% de crescimento em novembro de 2022, indicando a retomada sobre o período da pandemia, o indicador de crescimento do turismo em Minas continua a evoluir positivamente, caminhando para números mais realistas, com expansão de 25,8% em junho de 2023.
Conforme a análise da PMS, os números que registram o crescimento do turismo mês a mês começam a refletir acomodação – que é fruto da comparação entre o período mais recente e o anterior – apontando para a recomposição do ritmo da atividade turística passado o período de restrições da pandemia.
De acordo com o Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, essa desaceleração caminha rumo a uma maior estabilidade ajustada à realidade e deve prosseguir no segundo semestre de 2023.
A diretora do Departamento de Turismo da Fecomércio MG, Valéria Clara de Oliveira Carmo, faz uma avaliação do desempenho do setor verificado na análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG.
“Estamos acompanhando através da PMS/IBGE os resultados positivos do turismo em Minas Gerais, que têm experimentado um crescimento notável, impulsionado por diversos fatores como a diversidade de segmentos, investimentos, melhoria na conectividade e recuperação do mercado de trabalho.
Na prática de mercado, a Fecomércio MG, busca atuar na consolidação da força turística do Estado, e nesse sentido, atua através da sua estratégia de desenvolvimento, o Descubra Minas, na qualificação e governança para que os destinos menos conhecidos se desenvolvam e auxiliem na manutenção e impulsionamento desta posição de destaque nacional e avanço na captação de turistas internacionais”.
Olhar Econômico, por Gilson Machado, Economista da Fecomércio MG
Minas Gerais encerrou o primeiro semestre de 2023 com um avanço de 19,1% no indicador de volume de atividade turística. É nítido que o estado mineiro vem se destacando em termos de desempenho se comparado às outras unidades da Federação que compõem o indicador.
Ao passo que observamos o peso da atividade em relação aos demais estados e ao Distrito Federal, identificamos que Minas tem maior peso para a atividade no contexto nacional e, conforme destacado na nossa última análise referente a maio de 2023, também foi o estado mineiro que registrou maior contribuição para a atividade nacional, firmando sua força no turismo.
É notório destacar que o Governo mineiro vem investindo fortemente na atividade turística em função do seu potencial crescimento e por possuir diferentes segmentos do turismo, como o ecoturismo, o turismo de negócios, o turismo rural e o turismo de aventura. Sem falar que temos uma identidade cultural e regional forte, como gastronomia, a religiosidade, o artesanato, a música, a literatura e o patrimônio histórico e artístico do estado.
Minas vem apresentando um crescimento interessante e podemos trazer alguns dados que corroboram para o avanço na atividade turística no estado. Ao olhar para o principal aeroporto do estado, observamos que nos 6 primeiros meses do ano corrente, houve aumento de 15% em número de pousos e decolagens frente ao mesmo período de 2022, e quando abrimos os dados para voos domésticos e internacionais, identificamos avanço de 15% e 32% consecutivamente.
Quando olhamos para os números de passageiros, no período supracitado, Minas Gerais teve mais de 4,2 milhões de passageiros embarcando e desembarcando no aeroporto internacional. Os números apontam crescimento de 15% em relação ao mesmo período de 2022. Ao olhar para os voos internacionais, temos um incremento em relação ao 1º semestre de 2022 de 54%, e no doméstico de 14%.
Outro importante fator é a criação de novos postos de trabalho formal para as atividades relacionadas ao turismo no estado de Minas Gerais. Isso pode ser visto após o período atípico de maior impacto da pandemia, sendo março de 2020 a maio de 2021, observado no indicador do acumulado do ano, que por sua vez gerou a extinção de mais de 52 mil postos de trabalho formal no estado. Contudo, após esse período já há sinalização de recuperação do cenário do mercado de trabalho formal, dado a criação de mais 56,6 mil novos postos de emprego líquido, o que representa 7% a mais frente a queda descrita.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais, é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de aproximadamente 750 mil empresas mineiras. Juntos com Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, a entidade integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC), atuando junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo, a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
