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Principal exame para detectar o câncer de mama, a mamografia ainda é cercada de dúvidas e mitos que, em muitos casos, desencorajam mulheres a realizarem o exame. Feita no tempo certo, ela pode impactar positivamente em 90% dos casos, quando se fala sobre a taxa de cura do câncer, evitando até mesmo a retirada da mama afetada. Na Unimag, o exame está com um desconto especial, para pacientes particulares, durante todo esse mês de outubro.
“Há muitos tabus relacionados a mamografia. Podemos afirmar que é um exame desconfortável, mas não é causador de câncer. Ela não pode ser substituída pelo autoexame, apesar da importância. Não há efeitos colaterais e nem a proibição no caso de lactantes, por exemplo. Essas teorias em torno do exame devem ser desmentidas, porque muitas mulheres deixam de fazê-lo”, explicou Robenice Borges, que é técnica em radiologia e atua na unidade de Coronel Fabriciano da Unimag.
Ainda, de acordo com a técnica, o exame detecta lesões nas mamas que não podem ser identificadas por outros métodos. “Os tumores não palpáveis, que normalmente são menores do que um centímetro, assim como assimetrias e microcalcificações. Nesse ponto, os exames de rotina são essenciais para mulheres. É uma frase que falamos muito, mas é uma verdade: o diagnóstico precoce salva vidas e isso só é possível a repetição periódica e acompanhamento médico”, reforçou.
Sobre o exame
A radiografia é realizada por um aparelho chamado mamógrafo, que comprime a mama e, através desse processo, fornece imagens de altíssima qualidade.
“Existem duas posições para a realização da mamografia: crânio caudal (de cima para baixo) e perfil ou médio lateral oblíqua (incidência lateral – região axilar). Essas são as duas posições mais comuns. Porém, há casos em que o paciente tem um nódulo suspeito, então são feitas as compressões. Quanto mais se comprime, desde que não machuque o paciente, mais preciso é o exame. Como já mencionei, há microcalcificações que só a mamografia detecta”, acrescentou Robenice Borges.
A técnica, que atua há 23 anos na área, lembrou da evolução do exame com o passar do tempo. “Além dos aparelhos, que estão cada vez mais modernos, incluindo ferramentas para proporcionar maior conforto da paciente durante o exame, como compressores curvos, com superfície mais macia, apoio para cabeça e braços, as formas de realização do exame também têm mudado. Com a evolução tecnológica, os exames associam maior conforto com precisão diagnóstica, contribuindo para detecção precoce do câncer de mama”, concluiu.
Sobre o Câncer de Mama
Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Para o Brasil, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.
O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2019, de 14,23/100 mil. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), nas populações que têm acesso à mamografia preventiva periódica, o número de mortes pela doença diminui de 15% a 45%. A SBM recomenda que a realização anual do exame deve iniciar a partir dos 40 anos, mas nos casos em que a paciente tiver histórico familiar para câncer de mama (como mãe, pai, irmã) a mamografia deve ser iniciada pelo menos 10 anos antes da idade em que o familiar apresentou a doença