Governo Federal realiza atendimento emergencial após enchentes em Minas Gerais

Pesquisadores avaliam áreas de risco em Santa Maria de Itabira após fortes chuvas
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Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil foram encaminhados a Santa Maria de Itabira, na região metropolitana de Belo Horizonte, para avaliar áreas de risco

O município de Santa Maria de Itabira, em Minas Gerais, é uma das regiões mais afetadas pelas fortes chuvas que atingiram o estado no final de semana. Situada na região metropolitana de Belo Horizonte, a cidade decretou situação de calamidade pública devido às perdas de vidas registradas após desabamentos de imóveis, além dos danos materiais. Para avaliar as áreas atingidas e identificar onde há risco de novos deslizamentos de terra com ameaças à população, o Governo Federal, por meio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), iniciou ontem (23) o atendimento emergencial na região. Pesquisadores da instituição foram encaminhados à cidade mineira e estão avaliando os bairros afetados.

De acordo com Natália Dias, que é pesquisadora em Geociências do SGB/CPRM e está em Santa Maria, o trabalho consiste no levantamento das áreas que têm risco remanescente de deslizamentos. “Estamos avaliando os locais onde já houve registro de deslizamento, onde pode haver novo evento, colocando a população em risco. No primeiro dia de campo, notamos que houve uma espécie de deslizamento generalizado, constatamos vários pontos. Praticamente todas as encostas têm alguma cicatriz de deslizamento por causa das fortes chuvas”, explicou Dias, que está acompanhada do pesquisador Ítalo Prata.

Fortes chuvas causaram danos materiais e perdas de vida em Santa Maria de Itabira

A ordem de vistoria nos bairros foi definida em reunião com integrantes da Defesa Civil Municipal e de representantes de órgãos que atuam nas áreas de engenharia e obras da Prefeitura de Santa Maria de Itabira. Foram listados os bairros mais afetados, classificados como prioritários devido à necessidade, e os trabalhos foram iniciados pelo bairro Cidade Nova. Natália Dias acrescenta que, após as vistorias, um laudo técnico será emitido com orientações aos gestores públicos.

“Este laudo é um registro técnico, acompanhado de informações e fotos, diante do que nos deparamos na cidade. É um documento que terá grande importância para a Prefeitura, que poderá utilizá-lo junto à Defesa Civil Nacional em relação à solicitação de recursos para obras de reconstrução e de prevenção. Deverá também ser utilizado pela Defesa Civil Municipal, visto que concentrará informações necessárias, orientações e o laudo para que, em casos necessários, haja a retirada de moradores de áreas de risco de modo temporário ou definitivo. Trata-se de um documento orientativo, com recomendações baseadas na avaliação”, completou a pesquisadora.

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